quarta-feira, 30 de novembro de 2011

NOTA DE REPÚDIO

O Coletivo de Mulheres do Norte de Minas vem a público denunciar e manifestar o seu repúdio com relação aos atos de violência cometidos contra companheiras sindicalistas do município de Novo Horizonte, praticados pelo atual presidente do STR de Novo Horizonte o senhor ODETE RIBEIRO SILVA, que no abuso de sua função vem assediando sexualmente mulheres sindicalistas e funcionárias do STR, agindo até o momento sem nenhuma punição, ou impedimento de suas funções.

Milhares de mulheres em todo o mundo são vítimas de vários tipos de violência todos os dias. Muito recentemente o assédio sexual foi considerado crime, desde maio de 2001 nossa legislação passou a tratar o assédio sexual como crime, previsto no artigo 216-A do Código Penal Brasileiro, punido com detenção, de 1 (um) a 2 (dois) anos.

 O assédio, além de ser um atentado à dignidade da mulher, é conseqüência da situação de opressão que muitas mulheres têm vivido principalmente no mundo do trabalho. Não podemos defender os princípios de igualdade e justiça de um lado, e de outro tolerar, desculpar e até mesmo defender comportamentos que agridem a integridade das mulheres.  

Recentemente, duas companheiras do Sindicato dos Trabalhadores Rurais do município de Novo Horizonte, no Norte de Minas Gerais, sofreram assédio sexual por parte do presidente da entidade. Como muitas mulheres deveriam fazer, elas denunciaram, registraram boletins de ocorrência, porém, continuam sendo vítimas de pressões, intimidações e ameaças.

De acordo com as estatísticas a cada 15 segundos, no Brasil, uma mulher é vítima de algum tipo de violência. A Lei 11.340 – Lei Maria da Penha reconhece como formas de violência contra a mulher, a violência física, sexual, psicológica, moral ou patrimonial. É preciso ter coragem e denunciar todo e qualquer tipo de violência contra as mulheres.  

FAZ-SE NECESSÁRIA A IMEDIATA REAÇÃO DE TODAS E TODOS, COMPANHEIRAS E COMPANHEIROS SINDICALISTAS OU NÃO PARA QUE MAIS ESSE ATO DE VIOLENCIA CONTRA AS MULHERES NÃO FIQUE IMPUNE.